quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Flauta Mágica

Às vezes, é minha forma de vomitar. Vai indo, indo e quando vejo, foi. Impulsivo. Me jogando, dançando no meio de um rítmo que meus ouvidos não conseguem saber qual é. Um oboé ou um fagote? Pratos ou sinos? Não faço a menor idéia de que música está tocando agora. Simplismente (não tão simples) vou dançando. Seria uma atitude saudável? (Incertezas...). Mas não estou muito para pensar. Quero dançar. Todos os rítmos. Pode ser uma fuga, sim. Todos fogem quando tem medo. Por trás de toda essa "segurança", há uma "segurança nada segura". E aí? Vai encarar? Pode ser qualquer rítmo. Você é eclético? Eu não sou. Já te disse que é uma forma, ou um processo de separação de misturas. Sacou? É exatamente isso. Um processo de separação de misturas. Como um precipitado útil de uma solução - passa-se por um filtro e separo esse precipitado da mistura. Deu para entender? Ansiedade que me atormenta... Que porra! Acabou meu rivotril!

A todos os medíocres do mundo:


"eu vos absolvo. eu vos absolvo. eu vos absolvo. eu vos absolvo."

segunda-feira, 25 de maio de 2009

E tropeçou no céu como se ouvisse música...

"Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público."

Construção, Chico Buarque

domingo, 24 de maio de 2009

Tadzio questiona Catherine:

Tadzio - O que vc acha da palavra conflituoso?
Catherine Trammell - Acho bem conflituosa.

(Catherine, sentada, cruza as pernas)

Uma fotografia do Man Ray

"Será que existe um limite que faz essa simetria deixar de ser perfeita? hahahahaha... Larga de ser otário rapaz!"

segunda-feira, 18 de maio de 2009

êa!

Perdemos, porque ganhamos
Sabendo disso, os jogadores
Lançam seus dados de novo.

Emily Dickinson

Qual é a sua?

Você sabe qual é?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Vocês, os Vivos


Fica a dica. Um dos melhores filmes que ví nesses últimos tempos... São várias histórias (57 para ser mais exato, que ocorrem em um tempo de 95minutos) de pessoas que oscilam entre seu mundo e o mundo exterior. E todas essas histórias se interligam de alguma forma. A fotografia do filme é maravilhosa! Tem uma textura granulada que dá a impressão de uma pintura. Todas as cenas começam com os personagens parados, como uma foto. Ele consegue ser ao mesmo tempo trágico e cômico, fazendo uma ironia do caralho sobre as relações cotidianas. A câmera é estática, tendo um único plano para cada uma das cenas... Como se nós estivéssemos naquele lugar observando a situação. Assistam. Assim que esse filme aparecer nas Americanas, vou comprar para mim. rssss

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Poker Face


Rostos que dançam conforme o som que está rolando... Última moda! Parece que todos seguiram o compasso da onda. Digna de aplausos, uma performance brilhante! risossss

domingo, 10 de maio de 2009

E aí rapaz!




ai, ai, ai ...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Doutor Cornélio para Carlota

"Doutor:

Esperava por essa. Mas V. Exa. esquece que eu, lúcido como estou hoje, já tive os meus momentos de alucinação. Já fiei como Hércules a seus pés. Lembra-se? Foi há uns três anos. Incorrigível a respeito de amores, tinha razões para estar curado, quando vim cair em suas mãos. Alguns alopatas costumam mandar chamar os homeopatas nos últimos momentos de um enfermo e há casos de salvação para um moribundo. V. Exa. serviu-me de homeopatia, desculpa a comparação; deu-me uma dose de veneno tremenda, mas eficaz; desde esse tempo fiquei curado."

Trecho da peça "O Caminho da Porta", Machado de Assis.