segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Medéia (soberba) -

A única expressão que minha língua encontra para definir teu caráter, tua falta de virilidade, é o mais baixo dos canalhas. Vieste a mim, estás aqui, para quê, tu, ser odiado pelos deuses, odiado por mim e por toda humanidade? Não é prova de coragem nem de magnidade olhar na cara dos ex-amigos, na esperança de que esqueçam todo o mal que lhes fizeste. A isso se chama cinismo, e vem com as piores doenças do caráter humano - a falta de pudor, a ausência de vergonha.
(...)
Já morreu em mim há muito tempo toda e qualquer confiança em tuas juras. Acho até que acreditas que nossos velhos deuses já não reinam. Ou que estabeleceram novas leis para os mortais. Se não, como poderias justificar tua tremenda vilania? Olha minha mão direita, que tanto cobiçaste. E estes joelhos que abraçaste tantas vezes. Como deixei tuas mãos pérfidas me tocarem? Céus, a que coração traiçoeiro confiei minha esperança.

(Pausa)

Mas seja, vou me dirigir a ti como se fosses amigo. Embora saiba que não posso esperar qualquer gesto de afeto ou caridade de um ser tão indigno, sei também que minhas perguntas te obrigarão a te mostrares em toda tua infâmia.
(...)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

como diria um amigo meu...

Quem é você na noite?!

Fotografia de Diane Arbus.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tempos Modernos

Do que foi, somente as referências. Do que virá, a única certeza é a digestão noturna do movimento e agitação diária das cobranças da vida. Agora, somente aquilo que escolho respirar.